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quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Casa de banho,da antiguidade aos nossos dias


Hábitos de higiêne???Na antiguidade?

Esta pesquisa,foi meio chata de fazer,,pois não há muitos relatos do assunto na antiguidade,parece que higiêne não era o forte do povo.Ufa ainda bem que aqui do nosso lado "América"as coisas estão um pouco diferentes.
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Da pré-história até a nossa atual realidade os hábitos de higiene sofreram várias oscilações, o que não significa que não existiam e passaram a existir em determinada época, o dia a dia de cada povo configurou seus hábitos diante de sua realidade e necessidade. Diante de tantas mudanças de hábitos históricas de cada cultura e região, procurei o máximo de nformações desde as culturas Romanas e Egípcias até nossos dias. Não há relatos nos mais antigos povos de que tinham lugares específicos para suas necessidades fisiológicas, faziam em qualquer lugar, o que não mudou muito até os dias de hoje, pois ainda podemos encontrar locais em que pessoas conservam esta falta de higiene com naturalidade.

Os Gregos do século VIII a.C lavávan-se antes de fazer as preces e de oferecer sacrifícios aos deuses, fatos narrados em Odisséia, os descritos deixam claro os hábitos do banho antes da partida para uma batalha ou missão e também quando na chegada aos seus destinos.
Os primeiros banheiros no interior das casas surgiram por volta de 2.500 a.C na região que hoje fazem parte a Índia e o Paquistão.

Os egípcios, no século V a.C já vestiam roupas de linho lavadas, praticavam a circuncisão e depilavam o corpo todo. Por volta de 2100 a.C., são os primeiros a utilizar latrinas de uma maneira em que ficassem sentados, criando um padrão empregado que segue até os dias atuais.

Os romanos foram o povo da antiguidade que mais se importaram em transformar o banho num evento, construindo termas públicas onde qualquer cidadão poderia desfrutar dos prazeres do banho, de fechar negócios, conversar, fazer amizades e também existem relatos de um grande índice de prostituição ainda que homens e mulheres teoricamente banhavam-se separadamente.

Muito tempo depois, na Inglaterra, no século 16, John Harrington projetou um modelo de vaso sanitário com um mecanismo bastante similar ao que se usa atualmente.
Durante a primeira Revolução Industrial, no fim do século 18 e início do século 19, as tecnologias para vasos sanitários evoluíram em grande escala, devido ao grande contingente de trabalhadores que migraram para as grandes cidades. Nessa época também, houve uma invenção importante que foi o WC (water closet), que é o conceito vital que se tem atualmente de vaso sanitário.

O inglês Joseph Bramah desenvolveu um vaso sanitário com descarga hídrica, e isso representou um grande passo na evolução histórica do vaso sanitário porque foi em função do uso da água que a partir desse ponto o vaso sanitário tornou-se objeto de grande necessidade dentro de qualquer casa.

Os primeiros vasos sanitários modernos passaram a ser utilizados largamente no fim do século 19 e início do século 20. O que diferenciava esses vasos dos anteriores era a utilização do sifão. O sifão passou a ser utilizado porque se evitava que os odores entrassem na habitação. Mas a principal função do sifão é drenar o vaso, e a gravidade conduz a água para dentro de um tanque séptico ou um cano de esgoto.

Atualmente, existe uma grande preocupação no desenvolvimento dos vasos sanitários, e ela relacionada à eficiência no uso da água. O vaso com caixa acoplada possui um gasto médio de água de 6 a 8 litros por descarga. Também existem vasos sanitários ainda mais econômicos, como os vasos sanitários que são utilizados em aviões que através de vácuo sugam os dejetos.

Ultimamente, vem sendo desenvolvido vasos sanitários high-tech com diversas funções e gadgets que realizam tarefas como: limpar e secar, tampa do assento automática, descarga ativada por sensores ou através de um botão, purificador de ar, assento aquecido, entre outras funções.
Nos banheiros primitivos, não havia preocupação em oferecer ao usuário material para higiene íntima. O jeito era as pessoas se limparem com o que estivesse à mão, como água, grama e até areia! O papel higiênico só seria inventado em 1857, nos Estados Unidos, por Joseph Cayetty, que pela primeira vez lançou no mercado esses rolos de papel macio que usamos até os dias de hoje.

IDADE MÉDIA
Entre os séculos XI e XIII o banho e os hábitos de Higiene foram banidos do cotidiano da população, Katherine Ashenburg escritora Canadense observa que o cristianismo foi o principal responsável por séculos de sujeira, pois diante da igreja os hábitos de toque ao corpo eram pecado e a sujeira era uma forma de penalizar-se diante de Deus. Nesta época o linho limpo era mais que um substituto para o banho,acreditava-se que a prática de uma vestimenta limpa de linho era muito mais segura que o contato com a água,pois o tecido absorvia todo o suor e as impurezas do corpo.A vestimenta em questão era para homens e mulheres uma espécie de bata até os joelhos (as mulheres inglesas até o século XVIII não usavam roupa de baixo,apenas o linho limpo).

RENASCIMENTO
Em meados do final do século XIII, reaparecem os hábitos de higiene, as mulheres deveriam estar sempre em estado de beleza, com unhas, dentes, peles e a “câmara de Vênus” sempre limpas. Mas entretanto o europeu Cristão seguiu lavando somente o essencial ,e a Europa toda continua em total sujeira com dejetos em plena rua e acomodações internas de palácios reais.Durante a inquisição a acusação á mouros e judeus era constante,pois os mesmos eram condenado por tomarem banho.Os padres espanhóis interrogavam minuciosamente as penitentes e não absolviam as que lavavan-se regularmente. O culto a beleza começa com muitos cuidados de higiene nesta época. O corpo e a beleza física ganharam importância histórica a partir do final da Idade Média com a Renascença.

SÉCULO XVII E XVIII-NEOCLASSICISMO
Entre os séculos XVIII e XX houve uma virada na rotina higiênica, com a propagação da água encanada e esgotos, o sabão, sabonete e o papel higiênico entram em cena, bem como o primeiro absorvente intimo. A história dos séculos sujos que nos precederam pode ser uma lição moderadora: a humanidade, afinal, sobreviveu a toda essa imundície. As vantagens de viver na era do desodorante e do fio dental mentolado são auto-evidentes, mas convém lembrar sempre a frase de Henry J. Temple, nobre inglês da virada do século XVIII para o XIX: "Sujeira é só matéria fora do lugar".

Por volta de 1780 Arthur Young, um jovem inglês em viagem pela Itália e França, atento aos hábitos constatou a total falta de higiene e liberdade das pessoas em cuspir dentro das casas e de aliviares-se em público, observou também a presença de um móvel para higiene íntima, chamado “bidê” este servia para a limpeza da área das genitais e do ânus. Mas este móvel foi mesmo difundido no século XX ,até antão somente moradias muito luxuosas dispunham do mesmo.

SÉCULO XIX-ART NOUVEAU
Por volta de 1890 ainda segue a relutância aos banhos atribuída ao puritanismo religioso. Neste período raras construções e reformas incluíam sala para banho, ou banheiros em seus espaços, os aristocratas da época utilizavam as famosas bacias e esponjas para seus momentos de limpeza ou banho. A aceitação das casas de banho públicas na Europa foi lenta,mas as lavanderias que começam a surgir na época fizeram grande sucesso,relembrando o passado em que apenas a roupa limpa bastava para que os corpos estivessem limpos. No final do século XIX quase todas as casas americanas de classe média urbana tinham em suas construções um banheiro com chuveiro, bem como as casas de banho públicas eram bem aceitas.

SÉCULO XX-DADAÍSMO
Durante este período a limpeza se divulga juntamente com o poder das Américas, Estados Unidos começa a liderar os hábitos e a sofrer uma invasão de estrangeiros com hábitos sujos, sujando assim de maneira descontrolada a América. Asregras de bons hábitos começam a ser inclusos nas escolas,como maneira de combater os maus hábitos e também muitas das doenças consideradas da sujeira.Por outro lado as casas de banho públicas americanas vão caindo em desuso,pois os arquitetos da época modernizaram cada vez mais suas construções e incluíram em suas obras espaços para banho,com chuveiro e banheiras,nem todas as construções acomodavam a banheira,pois os hábitos americanos não utilizavam mais.

Menos de um em cada dez franceses tinha banheiro em casa na primeira metade do século XX.
No final do século surgem muitos produtos para a limpeza de partes até então com pouca lembrança, começa aparecer com força total à propaganda, o sabonete, o desodorante, anti-séptico bucal, toalhas higiênicas ou absorventes, toalhas com creme ou para limpeza de pele, talcos, colônias bem como muitos outros produtos com finalidades específicas de limpeza e desodorização.
As recomendações para os cuidados com os odores que o corpo exalava eram muito grandes, muitos livros, artigos e propagandas foram escritos na época para reforçar a idéia de que todos deviam estar em dias com seus cheiros e não invadir o espaço do outro de maneira a exalar odores desagradáveis.
Muito se reforçou sobre o mau hálito, cheiro de axila, cheiro de pés e principalmente o cheiro da mestruação durante os períodos mensais das mulheres.

SÉCULO XXI-ARTE CIBERNÉTICA
No final do século XIX e início do século XX nenhum banheiro era construído no andar inferior de uma residência, pois nenhuma senhora gostaria de ser vista em situação duvidosa entrando no espaço, hoje depende da condição financeira o número de banheiros em uma residência, casas luxuosas oferecem até dois banheiros por suíte, e a arquitetura moderna sugere uma acomodação de banho para cada um do casal, oferecendo em alguns casos também um espaço comum com banheira de hidromassagem e mais um espaço de vestir a cada um.
Os hotéis de luxo hoje oferecem em suas acomodações tudo o que se pode imaginar, espelhos que não embaçam, chuveiros das mais diversas formas e funcionalidades, banheiras que acomodam até 04 pessoas, enfim um leque enorme de agrados para os mais diversos gostos.A rede de hotéis W tem algumas particularidades em suas construções um dos hotéis em Montreal tem o espaço quarto e banheiro conjugado dividido por uma parede e apenas com uma fenda em local apropriado para um bom voyeur observar seu parceiro enquanto se banha,outro em Nova York tem paredes,e teto totalmente de vidro transparente para uma exibição aos visinhos,esta realidade atual contrasta bruscamente com o nosso passado,onde não muito distante era praticamente um pecado lavar as partes principais e principalmente tocar o corpo nu.

A arte e a arquitetura seguem juntas, em Londres a artista arquitetônica Monica Bonvicini projetou o banheiro do futuro, que hoje está ao lado do museu britânico Tate.

CONCLUSÃO:

A presente pesquisa indica que os hábitos e costumes de todos os povos estão em constates mudanças, desde os primeiros relatos até nossos dias tudo mudou de maneira desordenada, provavelmente em alguns anos todos os nossos hábitos estejam completamente diferentes, muitos outros produtos vão estar no mercado e também às necessidades de cada consumidor vão alterar, nossas construções vão evoluir conforme o nosso clima e espaço físico, os produtos provavelmente vão atender a demandas completamente diferentes das atuais.
Partimos de uma humanidade totalmente imunda para uma humanidade obsecada por limpeza.Atualmente é impossível imaginar uma pessoa saindo deste século para voltar ao passado,hábitos diários de banhos e desodorizaçao das partes que soltam odor seriam impossíveis para aceitação de uma pessoa medieval por exemplo.
Mas há um preço para a total limpeza,muitos cientistas vem concluindo em seus estudos que a falta de bactérias no organismo na infâcia por exemplo causam uma baixa da imunidade muito maior do que em casos de crianças que tem hábitos considerados mais sujos ou contaminados,já existe rumores de que em um futuro bem próximo provavelmente a imunidade vai ser tratada com doses de bactérias,pois um organismo sem conflitos de bactérias não tem resistência para combatê-las.
Certamente muitas mudanças ainda vão acontecer e podemos acompanhar em poucos anos algumas restrições em habitos ligados a água,pois ecologicamente o racionamento já vem sendo indicado,o que vai refletir em tempo de banho,tempo e lavagem de tecidos,lavagem de cabelos e muito mais.
Atualmente existe no mercado um produto com a consistência de um talco para inibir a oleolisade dos cabelos,produto semelhante era usado ainda no inicio dos tempos,o que nos indica uma retorno ao passado.

Como em todos os períodos da humanidade tudo muda e sempre há uma releitura do passado, estamos em constante busca por uma evolução, ainda que não tenhamos nem idéia do que seria realmente evoluir e nem para onde deveríamos evoluir.
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Para quem tem maior interesse no assunto eu localizei um livro com dados soltos sobre,traduzido como Passando a limpo,o banho da roma antiga até hoje,site http://www.thedirtonclean.com/ ASHEMBURG,Katherine.Canadá Knopf,2007

Vale o conhecimento e a descoberta.